domingo, 29 de janeiro de 2012

CRÔNICA DE UM MUNDO EM TRANSE – FINAL

UMA GUERRA SILENCIOSA: OS ESPIÕES ENTRAM EM AÇÃO

As condições para uma guerra hoje são extremamente difíceis, muito embora os motivos estejam bem visíveis. Afinal, não basta ter vontade, ou motivos, para fazer uma guerra, não estamos tratando de um jogo de vídeo game. Eu diria que no caso do Irã, a Geografia está a seu favor. Claro que ele não é um país intransponível, mas as dificuldades para atingir o seu território são reais pela complexidade de suas fronteiras. Vejam o atoleiro em que as tropas ocidentais estão metidas no Afeganistão que só tem a seu favor, exclusivamente, a Geografia.  Mas no caso do Irã as condições militares para reagir são infinitamente superiores às desse pequeno, pobre e frágil país.
Mas não é a primeira vez que um grande império se complica nos montes e cavernas afegãos. No século XIX o império britânico passou por situação semelhante, e teve que retirar seus soldados sem atingir seus objetivos. Já no século XX foi a vez da União Soviética, que também permaneceu nesse território por certo tempo, mas abandonou, no momento em que sucumbia todo o seu império. Foi derrotado pelo mesmo Talibã, com o apoio dos Estados Unidos. Desta vez, no século XXI, tem sido a vez dos EUA e das tropas da OTAN.
Considerando a gravidade de uma crise que toma uma proporção cada vez maior, conforme já analisado anteriormente, a decisão sobre o desencadeamento de uma guerra é muito difícil, por mais que na mídia e nos discursos haja uma forte radicalidade. Não que ela não possa acontecer, mas antes disso muito jogo de palavras, sanções econômicas e tentativas de acordos diplomáticos irá acontecer.
Enquanto isso se espalha pelo mundo um verdadeiro exército de espiões. É impossível afirmar com certeza, mas podemos deduzir que nunca houve tanta espionagem no mundo, nem mesmo durante a guerra fria. Tanto para atender interesses dos Estados, como também para desenvolver trabalhos que têm como objetivo coletar informações para empresas sobre as ações de suas concorrentes. A espionagem industrial cresceu muito também nos últimos anos, bem como aquela que busca obter informações privilegiadas sobre as condições de determinada empresa a fim de fazer uso no mercado financeiro, que possibilitam a um mega investidor ganhar milhões de dólares da noite para o dia. Ou agir para derrubar um concorrente.
As tecnologias são instrumentos que garantem uma enorme facilidade para as ações desses espiões. Mas a maior eficácia tem sido através do mais absoluto sigilo de identidade. Personagens múltiplos, que parecem sair dos filmes, mas que na verdade são eles que dão vida real às histórias que nos fazem ver que de fato eles existem. Há uma infinidade de literatura que relatam a vida desses personagens, alguns fictícios, como James Bond (dos filmes de 007), ou Jason Bourne (da trilogia Bourne, cujo quarto filme já está sendo finalizado e será lançado ainda este ano). Personagens cujas histórias são recheadas de disputas políticas, envolvendo altos escalões de seus governos. John Le Carré é um especialista na composição dessas histórias e personagens, foi ele próprio um agente secreto do M16, cuja carreira foi encerrada por ter seu nome divulgado em uma lista de espiões, anunciada por um agente britânico duplo, também a serviço da KGB. Isso pode ser visto no cinema atualmente, com a adaptação de um de seus livros mais antigos, num filme lançado em 2011. “O Espião que sabia demais” traz em seu enredo situações que são vistas como autobiográficas.
Em se tratando de filmes, que nos possibilitam ter uma dimensão do mundo da espionagem, e da capacidade destruidora de suas ações, um que tem sua história baseada em fatos reais mostra a caçada que se seguiu a um dos maiores atentados envolvendo países que são inimigos. “Munique”, de Steven Spielberg, narra todo o processo de caça aos terroristas palestinos, do grupo Setembro Negro, que assassinaram atletas israelenses durante as Olimpíadas de Munique, em 1972. Agentes do Mossad (serviço secreto israelense, um dos mais eficientes), com autorização expressa da então presidenta Golda Meir, iniciaram uma verdadeira caçada por vários países até encontrar e eliminar, um a um, aqueles que participaram desse atentado.
Esses filmes nos ajudam a entender o complexo mundo da espionagem, mas embora dêem um aspecto de espetacularização, o nível de sofisticação tecnológica, de preparação dos grupos e de crueldade na concretização de seus atos, eles são bem mais complicados no mundo real. Somente temos a verdadeira dimensão disso tudo quando alguns desses personagens, que vivem no submundo da espionagem, resolvem abandonar seus afazeres e denunciar essas atividades. Mas elas são por demais tão maquiavélicas e perversas que muitas são vistas como exageradas, até porque aqueles que as denunciam são postos pela mídia, a serviço dos interesses dos Estados, como fontes suspeitas ou desacreditados.
Um exemplo disso é a sequência de livros escritos por John Perkins – “Confissões de um Assassino Econômico” e “A história secreta do império americano” – ex-agente da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, cuja atividade, segundo ele narra, era desconhecida pela própria CIA. Os objetivos de suas atividades era criar dificuldades econômicas para países que não seguissem as orientações dos EUA, se falhasse nesse intuito entravam em ação os “falcões”, cuja função era então eliminar alvos importantes, chefes de Estados, principalmente, que fossem hostis à política estadunidense.
Aliando-se esse exército de espiões que agem sorrateiramente por todo o mundo, com as novas tecnologias e um espetacular esquadrão de satélites de última geração que estão prestes a causar um congestionamento no espaço, torna-se praticamente impossível dizer que alguém está imune ou protegido qualquer que seja o local onde esteja. Um retrato bem feito disso pode ser visto no filme “Inimigo do Estado”, que mostra como a ficção pode nos ajudar a compreender uma realidade que para nós, simples mortais, passa completamente despercebida.
Ainda buscando no cinema os exemplos dessas ações, o filme “Syriana” dá uma demonstração da possibilidade de eliminação de um governante desafeto dos interesses do império. Quando o provável sucessor ao comando de um país rico em petróleo, que se recusava a aceitar as imposições dos interesses corporativos estadunidense, é eliminado a partir dessas sofisticações tecnológicas. Um simples apertar de botão, em um comando situado a milhares de quilômetros de distância, nas instalações de suas agências, permite atingir um inimigo, com o auxílio de satélites, em ações que são vistas ou como acidentais ou atribuídas a grupos terroristas. Também nessas circunstâncias, vale o escrito por Yves Lacoste, “a geografia serve antes de mais nada para fazer a guerra”. As coordenadas, latitude, longitude, bem como o geoprocessamento e também o georeferenciamento, constituem-se em informações geográficas importantes, pelas quais é possível acertar um alvo com “precisão cirúrgica”, a milhares de quilômetros de distância.
Voltemos à situação beligerante em relação ao Irã. Diante das dificuldades aqui abordadas, seja em função da geografia, da crise econômica ou dos problemas existentes nas outras frentes de guerra, tem sido exatamente essas ações de espionagem que estão sendo utilizadas para impedir que o Irã possa construir armas nucleares. Desde 2010 quatro cientistas iranianos foram assassinados, dentre eles Majid Shahriari, fundador da sociedade nuclear do Irã, morto em 29 de novembro de 2010, por uma bomba magnética colocada em seu automóvel, e, mais recentemente, o cientista Mustafá Roshan, vice-diretor da usina de Natanz, que morreu em situação semelhante no começo deste ano, em 11 de janeiro.

A GUERRA DOS DRONES E A CYBERWAR (GUERRA CIBERNÉTICA).

Além dessas ações de agentes espiões, a tecnologia tem sido aperfeiçoada para contornar situações que eliminem a possibilidade de uma guerra. Os assassinatos seletivos, seja de suspeitos de terrorismo ou de pessoas que possuem importância estratégica em programas nucleares, são antecedidos do uso de equipamentos sofisticados, cada vez mais criados para agir sem serem notados. O intuito desses avanços na tecnologia é colocar cada vez menos soldados ou agentes em condições de serem descobertos, eliminados ou servirem como moedas de troca em situações que podem deixar o império desmoralizado.
Assim, podemos dizer que já há uma guerra em curso. Tanto pelos assassinatos que ocorrem em várias partes do mundo (e foi dessa forma que Osama Bin Laden foi eliminado), como pela ação de aviões cuja tecnologia os tornam praticamente invisíveis. Os “drones”(*), como estão sendo conhecidos, já se constituem não somente num instrumento poderoso, e marginal, de atingir alvos em territórios inimigos, como também estão se tornando o mais novo investimento bilionário da indústria de aviação, mas cuja maioria está envolvida em projetos militares.
Segundo a revista Exame, a Força Aérea dos Estados Unidos estima que ao final desta década o mercado dos drones alcance 55 bilhões de dólares, sendo que 77% dele dominado por aquele país (Revista Exame, 10.12.2012). Esses mais novos objetos de desejo da indústria militar são pequenos aviões não-tripulados,  também utilizados na agricultura para lançamentos de agrotóxicos, mas tem se constituído em uma importante arma para dar localizações precisas aos poderosos satélites, bem como alguns deles são capazes de carregar mísseis suficientes para eliminar suspeitos em qualquer parte do mundo. Uma das características mais importantes desses aparelhos é que não podem ser detectados pelos radares atualmente existentes. Mas, claro, ocorrem de serem localizados eventualmente, como aconteceu no começo deste ano. Um drone, RQ-170 Sentinel, cuja função é o reconhecimento realizado em alta altitude, foi derrubado ao violar o espaço aéreo iraniano. Capturado pelo Irã, certamente esse será desmontado possibilitando assim o conhecimento de sua tecnologia, permitindo a esse país também obter brevemente um aparelho desse porte.
Além dessas duas possibilidades de guerra silenciosa, uma outra estratégia tem buscado na internet condições para desencadear uma verdadeira batalha cibernética. Invasões de sites importantes, como já aconteceu no caso do programa nuclear iraniano, ação atribuída aos Estados Unidos e Israel, também está se constituindo em arma para sabotar projetos importantes de nações inimigas. De outro lado os hackers se reproduzem e agem contra empresas estratégicas, corporações e centrais de espionagem, como FMI e CIA. Em seu discurso de começo de ano, nos EUA, Barack Obama anunciou a redução de investimentos militares, nada que tire esse país do topo da lista dos que mais investem nessa área. Mas o que chamou a atenção foi a manutenção dos gastos, e até em alguns casos ampliação, em setores como a cibernética e as tropas especiais.
Assim, o mundo contemporâneo traz a marca da espionagem, da sabotagem e da cópia em escala planetária. A sofisticação tecnológica criada pela internet tem possibilitado tudo isso, fazendo com que uma enorme indústria de bisbilhotagem seja estruturada para capturar informações importantes e piratear conhecimentos e pesquisas relevantes, principalmente aquelas que possam ser usadas no campo da grande economia e na indústria da guerra. A privacidade dos indivíduos desaparece num enorme big brother planetário. Muitos olham para o céu quando se refere a seu Deus, pois deviam saber que lá do alto somos todos observados pelos olhares cínicos dos satélites. Mas quem nos observam não são deuses, mas tem o poder de vigiar e controlar nossas vidas.
É importante dar ênfase a eminência de uma guerra virtual, talvez já em curso, que envolve o controle da informação através da internet, e de dados sigilosos ou conhecimentos que são considerados de segurança nacional pelos Estados Unidos e outras nações. Mas o controle atualmente da internet encontra-se em mãos estadunidenses, algo que já deveria de há muito tempo ter sido questionado, mas somente agora algumas vozes se levantam, dentre elas o Brasil, para impedir que um país consiga exercer o controle e vigilância sobre o que circula no mundo pelas redes sociais. Recentemente isso se radicalizou, com a tentativa do Congresso dos Estados Unidos aprovar uma lei que impõe um rígido controle sobre a internet, com o pretexto de preservar direitos autorais de interesses das grandes corporações da indústria cultural.
As ações contra o wikileaks, com a prisão de seu fundador e a disputa judicial para extraditá-lo para os Esados Unidos, e mais recentemente a prisão dos criadores do megaupload, numa ação que envolveu a polícia da Nova Zelândia e o FBI, são uma demonstração de que uma cyber-guerra se aproxima. Como resposta vários hackers invadiram alguns sites de governos e personalidades por todo o mundo, inclusive no Brasil, e também do próprio FBI, a polícia federal estadunidense.
Em 2011, um vírus potente, denominado stuxnet, prejudicou o programa nuclear iraniano, e foi denunciado por um grupo de especialistas russos como sendo parte de um pacote de cinco armas cibernéticas, criadas por Israel e os Estados Unidos. Outro vírus, o cavalo de tróia Duqu, conectado ao stuxnet, tem o potencial de causar um enorme estrago afetando programas e roubando dados de pesquisas. Seriam essas algumas das armas conhecidas, mas que já estariam ultrapassadas, uma vez que teriam sido criadas em 2007. Atualmente outras já poderiam ter sido desenvolvidas, com muito mais poder de penetração em programas ultra-secretos.
Tudo isso nos dá uma pequena visão do que teremos pela frente no momento em que as grandes potências se depararem com um fosso cada vez mais profundo, por causa de uma crise sem perspectivas de solução em curto tempo. A eminência de perder espaço para outras nações e deixarem de controlar regiões que possuem importâncias estratégicas fundamentais para a manutenção de hegemonias econômicas e militares, deverão fazer com que mecanismos mais sofisticados sejam também utilizados, com o intuito de praticarem sabotagens e desestabilizarem governos.
Por ironia da vida, mas resultado das contradições que nos cercam e apresentam resultados que nem sempre esperamos, mas que são criadas pelas próprias condições geradas pela maneira como se constroem alternativas para fazer do mundo um lugar cada vez mais lucrativo, a globalização trouxe surpresas desagradáveis para os países centrais da economia capitalista. E o que se vê nessa segunda década do século XXI é o inverso do que se pretendia com o deslumbramento que tomou conta do mundo a partir do final da década de 1980. Países considerados de terceiro mundo, ou subdesenvolvidos, ou na melhor das alternativas, em desenvolvimento, deram um salto significativo, apoiando-se nos investimentos estatais e nas necessidades de abastecer o mundo com alimentos e um comércio diversificado de objetos essenciais no cotidiano da vida das pessoas. A Globalização destruiu a capacidade dos países ricos de geraram empregos para suas populações, na medida em que eliminaram boa parte de suas indústrias com o objetivo de ganhar dinheiro fácil explorando mão de obra nos países mais pobres. Um tiro no pé, e como já disse aqui em outro artigo, usando em seu título a frase de uma música de Geraldo Vandré: “é a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dá!” (http://www.gramaticadomundo.com/2011/10/volta-do-cipo-de-aroeira-no-lombo-de.html)
Encerro aqui a “Crônica de um mundo em transe”, mas o que abordei nessas cinco partes forma um mosaico de fatos e situações que não fecham um ciclo que acompanha a crise mundial. Como disse anteriormente, com base no que aprendi do marxismo, a economia é o grande condutor da política, seja local, nacional ou mundial. Se a economia vai bem, não há tantos percalços políticos, por mais que aqueles que fazem oposição desejem que as coisas piorem, como condição para conquistarem o poder. Mas se há uma crise econômica grave, seguramente os distúrbios serão inevitáveis e os desequilíbrios financeiros afetam a ordem política. E quando é constatado que essa crise tem um caráter mundial, é inevitável que as nações que detém hegemonia na ordem geopolítica mundial procurem mecanismos, nem sempre éticos, para garantirem a manutenção do poder em suas mãos.
Então, se o presente é incerto, o que se dirá do futuro, que ainda deverá ser construído sobre os escombros de uma crise estrutural, de um sistema que tem por essência enfrentar permanentemente o dilema de viver das crises e de sobreviver a elas?
Seguimos otimistas, apesar de tudo, e dos interesses gananciosos da burguesia e dos que se aliam a ela, acreditando que o mundo será sempre melhor.



(*) Atualizando: mais um suspeito de pertencer a Al Qaeda foi eliminado por um drone em 09 de fevereiro, no Paquistão: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2012/02/09/aviao-teleguiado-mata-lider-da-al-qaeda-no-paquistao.htm.

http://www.cartacapital.com.br/internacional/porque-os-eua-continuarao-usando-drones/

* 16 pessoas são mortas no Paquistão, em agosto de 2012: http://5dias.net/2012/08/20/avioes-nao-tripulados-drones/

* No Iêmen, dois indivíduos suspeitos de pertencerem a Al Qaeda são assassinados por avião não tripulado, em agosto de 2012 (Drone): http://www.passeiaki.com/noticias/drone-americano-mata-dois-supostos-terroristas-no-iemen

* Em setembro de 2012, cinco suspeitos de pertencerem à Al Qaeda são assassinados por aviões não tripulados: http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2012/09/ataque-no-iemen-mata-5-membros-da-rede-terrorista-da-al-qaeda.html


FILMES CITADOS:
(FONTE: ADOROCINEMA.COM)

1. MUNIQUE

Título original: (Munich)
Lançamento: 2005 (EUA)
Direção: Steven Spielberg
Atores: Eric BanaDaniel Craig, Ciarán Hinds, Mathieu Kassovitz.
Duração: 164 min
Gênero: Drama

Sinopse:
Em setembro de 1972, em meio às Olimpíadas de Munique, um ataque terrorista sem precedentes foi transmitido ao vivo para 900 milhões de pessoas. Um grupo palestino denominado Setembro Negro invadiu a Vila Olímpica, matou 2 integrantes da equipe olímpica israelense e manteve outros 9 como reféns. 21 horas depois o ataque chegou ao fim, com todos sendo mortos. Pouco depois Avner (Eric Bana), um jovem israelense revoltado com o ocorrido, recebe de um oficial do Mossad uma ordem sem precedentes: abandonar sua esposa grávida e sua identidade para caçar e matar os 11 homens apontados pela inteligência de Israel como tendo planejado o atentado. Avner aceita a ordem e passa a liderar uma equipe de apenas 4 integrantes, extremamente talentosos. Eles passam então a viajar pelo mundo em total sigilo, na pista de cada um dos nomes de uma lista muito bem guardada.

2. SIRIANA

Título original: (Syriana)
Lançamento: 2005 (EUA)
Direção: Stephen Gaghan
Atores: George ClooneyMatt DamonAmanda Peet, Nicholas Art.
Duração: 126 min
Gênero: Drama

Sinopse:
Há 21 anos Robert Baer (George Clooney) trabalha para a CIA investigando terroristas ao redor do planeta. À medida que os atos terroristas se tornaram mais constantes, Robert nota que a ação da CIA passa a ser deixada de lado de forma a favorecer a politicagem. Com isso vários sinais de ataque foram ignorados, devido à falta de tato dos políticos para lidar com terroristas.

3. INIMIGO DO ESTADO

Título original: (Enemy Of The State)
Lançamento: 1998 (EUA)
Direção: Tony Scott
Duração: 132 min
Gênero: Ação

Sinopse:
O congressista Phillip Hammersley assassinado por um órgão do governo, logo após ter se declarado radicalmente contra uma lei que, em nome da segurança nacional, permitiria que houvesse uma total invasão de privacidade, pois na prática qualquer pessoa poderia ser monitorada pelo governo. Mas, acidentalmente, o crime filmado e o dono da gravação, vendo-se ameaçado, coloca a prova do crime na sacola de compras de Robert Clayton Dean (Will Smith), um advogado que era seu conhecido. Ele ainda tenta escapar, mas na fuga morre atropelado. Sem ter a menor noção do que está acontecendo, Robert vai para casa com a gravação e deste momento em diante sua vida se transforma em um verdadeiro inferno, pois, sem que saiba, suas roupas e objetos pessoais têm escutas, logo ele perde o emprego e todos seus cartões de crédito são cancelados. Vendo-se ameaçado, ele tenta entender tudo e continuar vivo, mas suas chances são poucas, pois está envolvido em uma trama inimaginável.

Um comentário:

  1. Obrigado pelas respostas Prof. Romualdo, a necessidade de saciar a ganância deste modo de produção, nos revela fatos interessantes, como por exemplo, a história se repetindo sobre circunstâncias diferentes. Tal como havia citado, da acumulação bélica anterior a I Guerra Mundial, hoje com a globalização bélica e distribuição de bases estadunidenses por todo o globo é possível um conflito em escala global, sem grandes movimentações e deslocamentos. A guerra cibernética e o uso dos drones são uma solução para as crises cíclicas do capitalismo, garante a proteção do Estado burguês e ainda desenvolve a Técnica, porém esgota a Terra e o Trabalhador, como Marx previa.

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